sábado, 31 de dezembro de 2011

De Calama - Chile a Pumamarca - Argentina

Exatamente às quatro e quinze da manhã deixava o estacionamento do hotel em Calama e me dirigia para a estrada que me levaria a San Pedro do Atacama. Encontrei nas ruas vários grupos de mineiros que já se preparavam para executar os piquetes que isolariam Calama do resto do país. Aliviado, conseguí chegar no entroncamento de saída definitiva da cidade. Toquei então numa velocidade moderada para poder suportar o intenso frio que sentia com o vento produzindo aquela sensação térmica que só nós conhecemos e experimentamos em nossas aventuras estradeiras. Faltando uns trinta quilômetros para chegar em San Pedro de Atacama, já parava a moto a cada dez quilômetros e colocava as duas maõs nas saídas dos canos de descarga da moto e assim conseguia esquentar-me um pouco e evitar problemas mais sérios. E assim, sempre parando, conseguí alcançar a aduana chilena em San Pedro. Lá, encontrei o Lucas, um motociclista de São Paulo que ia atravessar aquele trecho do Atacama, entre San Pedro e Pumamarca pela primeira vez e decidimos tocar juntos. Para mim era a nona atravessia, porém a primeira sob clima tão rigoroso e raro naquele deserto, principalmente em meados de setembro. Abastecemos as motos e tocamos juntos. Como sua moto tinha menos potência que a minha, deixei-o seguir puxando a maratona e regulando a velocidade a seu bel prazer. No fim da manhã, chegamos em Paso de Jama e entramos oficialmente na Argentina. Aproveitamos para tomar um café quente e comer umas empanadas, antes de tocar em direção a Susques, onde por pouco não ficamos sem combustível. As bombas existentes alí estavam todas sem combustível. Tocamos até a entrada de Humauaca, numa altura de 4.200 mts e dalí começamos a descer para Pumamarca, onde chegamos por volta das quatro horas da tarde. Dalí, meu companheiro paulista resolveu tocar para atender um compromisso pessoal e eu fiquei para dormir no hotel El Refugio de Coquena, onde aliás paro sempre que passo por pumamarca. Dormiria alí e seguiria para Salta na manhã seguinte. Comí uma deliciosa refeiçao à base de carne, tomei uma garrafa de vinho de Salta e depois fui direto para o meu chalé onde desmaiei na cama, literalmente

Um comentário:

  1. O Amigo paulista não era o Lucas! Era o André!!!
    Mas mesmo assim, me sinto honrado em fazer parte desta história!
    Abraços e sucesso no projeto Eurásia

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