sábado, 31 de dezembro de 2011

Chala - Peru a Arica - Chile

Ao abastecer em Chala, decidí que tocaria direto até Arica, no litoral Chileno. Seria uma boa tirada e adiantaria muito a minha volta. Viajei pela manhã até Camaná, localizada na beira do mar, razão pela qual sofrí o pão que o diabo amassou com o excesso de vento. Tive que reabastecer a moto que estava consumindo uma barbaridade de combustível. Após Camaná, desviei em direção ao deserto e a cidade de Arequipa, onde apanharia uma outra estrada em direção a Monqueguá, minha velha conhecida anfitriã no Peru. Deveria chegar por lá no meio da tarde e seguiria diretamente para Tacna, onde atravessaria a divisa do Peru com o Chile. O vento melhorara e já conseguia controlar melhor a moto na estrada. No inicio da tarde passei pela ponte de entrada de Monqueguá e aproveitei para parar e reabastecer a moto antes de seguir para Tacna, na fronteira. Tive que entrar na cidade e procurar um posto que aceitasse cartão de crédito. Abastecida a moto, voltei para a entrada e peguei a estrada panamericana em direção ao Chile. Após passar pela entrada de Ilo, cidade litorânea que conhecera na ída, cheguei finalmente em Tacna com seu trânsito frenético e seus moto táxis cabinados fazendo o maior zuê nas ruas e avenidas. A cidade é muito bonita e tem uma boa rede hoteleira e excelentes restaurantes e Pizzarias. Apesar disso, resolví passar adiante e seguir em direção a fronteira sempre muito movimentada. Tratei dos trâmites e rapidamente passei para o território Chileno. Apesar da aduana do Chile ser mais austera, não tive a menor dificuldade de atravessá-la e começar a rodar em direção a Arica, cidade muito rica e localizada no litoral. Fui para o hotel Villas e fiquei hospedado num chalé muito simpático e tranquilo. À noite, jantei no próprio hotel e depois fui para a internete conversar com meus familiares a respeito da minha proximidade cada vez maior. Naquelas alturas, já começava a comemorar o êxito daquela  jornada tão desacreditada por alguns no Brasil. Depois de contar as boas novas e falar com minha casa pelo telefone, resolví dormir para enfrentar um longo trecho do Atacama no dia seguinte. E o pior, a noticia é que eu pegaria um trecho daquele deserto conhecido pela aridez e calor acima de cinquenta graus, absolutamente nevado e com frio abaixo de zero. Foi pensando nisso que adormecí profundamente.

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