domingo, 1 de janeiro de 2012

Pumamarca a Salta - Argentina

Muito bem recuperado do dia anterior, após um café colonial completo e com as despedidas dos donos do hotel, seguí para Jujuy, uma bela cidade do norte Argentino. De lá, seguiria para Salta e receberia uma comovente homenagem por ter sido o primeiro motociclista sulamericano, com sessenta e nove anos, a fazer o trecho rio-Alasca, solitariamente, além de ter sido tambem o primeiro motociclista estradeiro sulamericano a participar do Evento de Sturgis, Dakota do Sul, o maior do mundo, pilotando sua própria moto desde sua cidade de origem. Fui recebido pelos secretários de Turismo e imprensa do Estado e do Municipio em plena praça central da cidade ao som do grupo folclórico municipal e falei de motociclismo do Brasil para mais de uma dezena de TVs, Jornais e Rádios da Argentina, além de ser nomeado pelo Prefeito Miguel Isa, embaixador de Cultura e Turismo de Salta no Rio de Janeiro. Durante as homenagens de Salta, que depois se reproduziram em El Galpon, pensava na ausência total da AMORJ, nossa associação oficial de motociclistas do Rio de Janeiro, que mesmo diante do fato mais importante do motociclismo estradeiro brasileiro gerado por mim em 2011, não havia se pronunciado sequer através de email para desejar-me um feliz regresso e agradecer meu feito, conquistando para o motociclismo do Rio e do Brasil, um título mundial de motociclismo estradeiro de longa distância na categoria veterano. Talvez a falta de intimidade com moto e estrada, além da total ausência de votos para legitimar tal diretoria na nossa associação há uma década e meia, explique essa ausência deliberada em momento tão marcante para nosso motociclismo verdadeiramente estradeiro. Aliás, não fossem os moto clubes da baixada liderados pelo Pregos do Asfalto, a independência do Geraldo Correa do jornal Motorcycle e o espirito estradeiro de dezenas de irmãos que compareceram à minha despedida, além da presença da imprensa falada, escrita e televisionada, minha saída para essa histórica conquista, teria sido absolutamente ocultada. Encerradas finalmente, as boas vindas de Salta, fui levado para a casa de meu filho Marcio, onde descansaria por alguns dias dessa maratona de 48.000 km, rodados solitariamente, em tres meses e vinte e seis dias, sem nenhum patrocinio oficial ou privado, sem nenhum tipo de carro de apoio e muito menos a participação oficial da AMORJ, seja na saída ou na minha chegada.

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