domingo, 4 de dezembro de 2011

Gulkana a Enchorage - Alasca

Tomei café em Gulkana com dois motociclistas de Idaho, super interessados em saber sobre a travessia da América Central e muito espantados com minha idade e o fato de estar vindo sozinho desde o Rio de Janeiro até Anchorage. Eles estavam conhecendo o Alasca e dalí seguiriam para Fairbanks. Nos despedimos com troca de endereços e tomamos nossos rumos. Já havia abastecido a moto e seguí em direção a Anchorage passando pela junção da 1 com a quatro que vai em direção a Valdez. Fazia uma manhã nublada com uma fraca réstia de sol e pelo menos não chovia e nem ventava. A aproximação de Anchorage é muito bonita e a estrada tem um traçado todo especial, margeando montanhas e lagos. Por volta das 13 hs, avistei o aeroporto de Anchorage e a imponente cidade um pouco adiante. Fiel a minha politica de não entrar em cidades grandes em busca de hotel, comecei a procurar algum motel localizado nas margens da estrada, antes de entrar no perímetro urbano. Não demorou muito e divisei um motel localizado numa esquina do lado oposto ao muro do aeroporto. Chamava-se Merril Field Inn e era gerenciado por um indiano muito simpático que após longa negociação, cobrou-me uma diária de 100 dólares por noite e resolví ficar. Os hotéis em Anchorage são muito bons e caros e por essa razão achei que tinha feito um bom negócio em ficar no motel que além de poder parar a moto em frente a porta do meu quarto, ainda contava com um restaurante chinês bem na entrada do estacionamento. Eu podia contar tambem com café da manhã, internete, máquinas de lavar e secar, de refrigerantes e de gêlo. Além disso tudo, o motel distava apenas 5 kms do centro da cidade. Para mim, aquilo tudo foi um achado. Tirei toda a bagagem da moto e fui para o telefone confirmar minha audiência com o Prefeito Dan Sullivan, agendada desde minha partida do Brasil. Após conversar com a Beth, secretária do gabinete, ficou tudo acertado para o dia seguinte, no fim da manhã. Apanhei o endereço completo do gabinete do prefeito, na Citty Hall, agradecí a presteza com que me haviam tratado e fui direto tomar uma ducha e me acomodar melhor. Na parte da tarde, levei a moto para um lavador automático e através de moedas de 25 cents, fui cumprindo todas as etapas da lavagem que incluiam inclusive uma boa porção de cêra de carnaúba, com certeza importada do nordeste brasileiro. Na volta, parei no restaurante e saboreei um buffet de comida chinesa deliciosa, encerrando a farra gastronômica com um chá digestivo. Voltei para o quarto e após comunicar minha chegada por telefone, fui direto para a ampla e confortável cama.

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