quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Bogotá a Armenia

Acordamos cedo, tomamos café e tocamos para o depósito da Girag, no aeroporto. Para nossa alegria as motos tinham chegado e estavam à nossa disposição. Quando fomos apanhá-las, a minha estava com a bateria descarregada e tivemos que mobilizar o pessoal dos tratores de transportar carga para providenciar uma chupeta e me tirar dalí, o que foi feito com a maior boa vontade. Com o motor funcionando, o próximo obstáculo foi descer uma rampa de madeira improvisada num batente de 1,50 mts, de altura. Finalmente, superados esses entraves, pudemos finalmente nos dirigir para a saída de Bogotá e apanhar a Panamericana. Paramos num viaduto que dividia exatamente o norte do sul, num posto de gazolina e alí, enquanto o frentista abastecia as motos, nos despedimos. Gaspar seguiu para a Venezuela e eu fui em direção ao Equador. Chovia bastante e fazia um pouco de frio na estrada. Tínhamos feito um lanche no setor de bagagens e pretendia tocar direto até a cidade de Armenia. Esperava viajar até o final da tarde ou inicio da noite mesmo que a chuva não aliviasse. No meio da tarde, cheguei em Ibagué onde parei para reabastecer a moto e lavar o visor do meu capacete que era pura lama jogada pelos veículos que trafegavam na minha frente. Enchí o tanque e discutí pela décima vez com frentistas colombianos sobre cartão de crédito. Como eles não gostam de receber com cartão de estrangeiros, inventam que a máquina não está aceitando a transação e eu respondo que não tenho efectivo, só cheque, e eles aí arranjam jeito de fazer a máquina passar o cartão de crédito. Tudo resolvido, toquei em frente na esperança de chegar no meu destino antes do anoitecer. Continuei tocando debaixo de chuva e quando começou a escurecer, divisei as luzes de Armenia. Estava aliviado, pois viajar à noite nas estradas da Colombia é uma coisa muito temerária. Entrei na cidade e parei no hotel El Refugio, muito simples, mas localizado nas margens da Panamericana, que cortava a cidade ao meio. Coloquei a moto em baixo de uma meia água na frente do meu quarto, saquei a bagagem necessária e fui tomar um banho, inicialmente de roupa para escorrer a sujeira acumulada e depois o banho tradicional. Comí uma refeição simples no próprio hotel e como não havia sinal para a internete, fui direto para cama. Naquela noite, além de tenso estava meio esgotado e pretendia sair cedo no dia seguinte.

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