sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Matamoros a Coatzacoalcos - Mexico

Ao sair bem cedo de Matamoros, apesar de desaconselhado pelo gerente do hotel, não havia decidido ainda por onde voltaria, se pela Guatemala ou se subiria até Cancun e entraria diretamente por Honduras. Tentaria decidir essa rota até chegar em Coatzacoalcos e de lá, seguiria para um desses rumos. Apanhei a rodovia pedagiada, que apesar de caríssima, 14 dólares de pedágio por cada 120 Km, era muito segura e muito mais curto o trecho que eu faria naquele dia. Logo depois da primeira estação de pedágio, super guarnecida pela policia, resolví parar num posto de gazolina para reabastecer a moto. Aproveitei para tomar um café completo e me abastecer de água mineral. Em seguida, voltei para a estrada e procurei tocar na base dos 120 p/hora. A vantagem da estrada pedagiada é que vc não para em sucessivos postos de fiscalização do exercito e com isso vc ganha tempo. Fui tocando e aproveitando a boa qualidade da estrada e do tempo, que apesar de nublado, se mantinha firme. O incrivel é que já viajara por umas duas horas e não encontrara nenhuma moto ou grupo de motos no caminho. Continuei viajando e de vez em quando avistava o litoral com algumas praias muito bonitas, principalmente enquanto atravessava Vera Cruz. Por volta do meio dia, aproveitei para sair num desvio do pedágio e entrar num pequeno povoado onde reabastecí a moto. No posto, encontrei dois motociclistas de Cardenas, em duas motos esportivas e conversamos um pouco sobre motociclismo e minha viagem. Eles tinham visto na televisão mexicana uma noticia sobre meu projeto tres américas e me parabenizaram pela disposição e por estar fazendo aquela jornada solitariamente e na minha idade. Em seguida, seguimos para lados opostos. No meio da tarde alcancei a cidade de Catemaco e continuei seguindo em frente cada vez acelerando mais, já que a rodovia permitia algum excesso. O asfalto era perfeito e a sinalização muito boa. No final da tarde, já comecei a visualizar placas indicativas de Coaltzacoalcos. Fui me aproximando da grande avenida que corta a cidade e procurei localizar o mesmo hotel que havia me hospedado na ída, o Los Andes. Era um hotel muito bom e tinha estacionamento vigiado vinte e quatro horas por dia, além de um ótimo reataurante na beira de uma piscina. Após o registro, deixei a bagagem no quarto e ainda curtí uma meia hora nadando, antes de ir matar a minha fome. Depois do jantar, telefonei para o pessoal de Comitan de Dominguez, avisando de minha breve passagem por lá. Desistira de Cancun e de Honduras, por cima, após a conversa que havia tido com os estradeiros mexicanos. Comuniquei para os amigos minha posição geográfica daquela noite e falei com Deborah por telefone. Quando terminei a sessão de comunicação, sentí que estava absolutamente estropiado e que precisava urgentemente de uma cama confortável como aquela do meu quarto. Deitei e apaguei.

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