terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Cidade de Guatemala a Santa Ana - El Salvador

Saí da cidade de Guatemala logo após o café. Reabastecí a moto e partí em direção a fronteira com El Salvador. Estava certo de que teria um dia muito movimentado. Após viajar uma boa parte da manhã, cheguei na aduana da Guatemala. Tive uma conversa com a chefe da Imigração e se repetiu o mesmo esquema da entrada. Meu nome estava fora do sistema e o máximo que ela poderia fazer para me ajudar, era deixar seguir meu caminho em direção à El Salvador, como se não tivesse passado pela Guatemala. E assim fiz. Ao chegar na aduana Salvadorenha, expliquei a um funcionário muito atencioso sobre meu problema na Guatemala, mostrando-lhe ao mesmo tempo o documento que provava minha passagem pelo país vizinho. Acho que já estava acostumado com tais episódios, porque balançando a cabeça como um gesto de desaprovação, carimbou minha entrada e completou todos os trâmites de entrada no verso do próprio documento de passagem pela Guatemala. Em seguida, carimbou meu passaporte, concedeu-me uma semana de permanência no país e desejou-me uma boa passagem por território Salvadorenho. Agradecí muito a atenção desse funcionário e voltei para a estrada absolutamente aliviado. Voltava a viajar legalmente e totalmente relaxado. Fui tocando então em direção a San Salvador, que naquele final de semana comemorava um feriado nacional e a cidade estava em festa. Quando atravessava Santa Ana, fui abordado por um motociclista local que se indentificou como dentista e perguntou se eu era o motociclista veterano brasileiro que tentava um recorde de longa distância indo do Rio ao Alasca, ída e volta, solitáriamente. Ele havia visto uma reportagem na televisão local e me reconheceu pelos bauletos pintados. Confirmei e ele convidou-me para um almoço com integrantes do seu moto clube. Encontramos num posto e fomos para um restaurante na praia. Após um dia muito agradável, me levaram para o hotel, onde descansei pelo resto da tarde, antes de sair para jantar na casa do presidente do moto clube local, um médico cirurgião muito famoso e casado com uma médica. Me apanharam de carro à noite, em face de uma violenta tempestade de chuva que caiu de reprente. Foi uma noite de confraternização e de muita troca de experiências. Já bem tarde, despedí-me e fui levado de volta para o hotel. Como já era muito tarde, adiei meus contatos para o dia seguinte. Procurei dormir e repousar ao máximo, porque pretendia atravessar a Nicaragua e Honduras de uma só vez. Após uma ducha bem quente, aproveitei o conforto da cama bem ampla e dormí profundamente.

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