quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Laredo - Texas a Matamoros - Mexico

Quando acordei estava decidido a tocar até o Mexico. Iria de Laredo até Matamoros, no Estado de Taumalipas, no Mexico. O tempo estava muito bom e se tudo corresse bem, chegaria na fronteira mexicana antes do anoitecer. Abastecí a moto e voltei para a 83, através da qual viajaria até Mission. Fui tocando firme e duas horas depois já passava por Zapata. Como não precisava de gazolina, seguí em frente e perto do final da manhã cheguei em Rio Grande City, onde aproveitei para reabastecer a moto. Como não queria perder tempo, paguei  a gazolina na própria bomba e continuei em direção a Mission, onde passei pelo inicio da tarde. Agora, já trafegando pela freeway, seguia direto para McAllen, por onde passei uma hora depois e seguí direto para Harlingen, quando resolví que era melhor reabastecer e atravessar a divisa do Mexico sem parar, a não ser na aduana americana para providenciar minha saída. Após o abastecimento rápido, toquei para Brownsville de onde passaria para território mexicano. Cheguei na aduana no meio da tarde e após os trâmites legais, entrei em Matamoros. Como a aduana fica nas cercanias da cidade, peguei uma avenida que me levaria ao centro e procurei o mesmo hotel que me hospedara na ída, o Matamoros Hotel. Essa cidade mexicana é muito bonita e movimentada. Naquele tráfego intenso e ordenado, se misturam carros de vários Estados americanos que estão sempre em trânsito, na fronteira com o Texas. Quando cheguei no hotel fui direto para a garagem coberta e espaçosa e procurei parar o mais próximo da porta que me levaria a recepção. Saquei meu bauleto e fui tratar de me registrar. Em seguida,apanhei o elevador e fui para meu quarto tomar um banho. Como sabia que eles iam desaconselhar-me a sair pelo centro à noite, em face da violência envolvendo tráfego de drogas, já me dirigí para o restaurante do próprio hotel e jantei uma espécie de bife a cavalo, com ovos, arroz e batata frita. Após uma torta de banana e um cafezinho, voltei para o quarto e iniciei o ritual da internete e do papo com os amigos que me acompanhavam diariamente naquela jornada solitária. Para mim, era sempre uma festa esse contato fraterno, próprio do verdadeiro motociclismo estradeiro. Graças ao apoio permanente desses companheiros de estrada é que conseguira andar sempre em frente, sem olhar para trás. Após contatos os mais variados com os amigos e familiares, não resistí ao aconchego daquele quarto e apaguei.

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