terça-feira, 1 de novembro de 2011

Quevedo a Tulcán

Após dois dias de intensa atividade na simpática e acolhedora cidade de Quevedo, quando aproveitei para realizar uma revisão geral na moto, rearrumar toda a bagagem e praticar bastante  exercicios, incluindo-se longas caminhadas e natação, participei de uma entrevista de televisão, onde falei bastante do motociclismo vanguardista brasileiro, principalmente na prática estradeira, onde temos vários motociclistas de renome, representando o Brasil por esse mundo afora, apesar do total abandono com relação a patrocinios oficiais e privados. São verdadeiros embaixadores brasileiros em duas rodas e pelos quais nutro grande admiraçao e respeito. Gosto sempre de deixar bem claro que ser verdadeiramente estradeiro, é vontade de muitos, oportunidade de alguns e coragem de poucos. Após as despedidas e troca de adesivos e cartões, ajustei minha bagagem e toquei em direção a Tulcán, última cidade do Equador antes da fronteira com a Colombia. Minha idéia era deixar para entrar em Quito na volta, já que conhecia a capital equatoriana através de outras viagens realizadas pelo país. O mais interessante, é que vc percebe bem que está na direção da capital pela mudança do traçado da panamericana que começa a subir todo o tempo, provocando inclusive uma brusca mudança na temperatura. Tanto é que numa parada para reabastecimento, procurei colocar agazalho extra, além de vestir luvas térmicas para me proteger do vento e do frio que já começavam a se intensificar. Neste trecho, os pueblos já ficam menos visiveis em meio à cerração. A aproximação de Quito é muito interessante porque vc aprecia a cidade do alto, localizada em meio a um vale e com prédios modernos e projetos arrojados que os lançam do alto das montanhas como se estivessem soltos em suas bases. A cidade é muito bem traçada e cortada por grandes avenidas. Após curtir todo esse visual do alto da panamericana, continuei tocando para Tulcán onde cheguei no final da tarde. Encontrei no centro da cidade um hotel bem diferente, um verdadeiro pagode chinês com sua fachada desenhada em côres berrantes e variadas e com um portal típico que dava acesso a um amplo estacionamento fechado, com acesso direto à recpção e com direito a carrinhos para transporte da bagagem. Apesar do luxo, a tarifa era bem razoável. No andar térreo, havia um restaurante típico, servido por garçons orientais e com um saboroso e variado buffet que tive o prazer de desfrutar sem a menor cerimônia, incluindo no meu cardápio uma deliciosa sobremesa de banana caramelada e para encerrar, um chá bem quente e digestivo. Após tamanho banquete, só me restava caminhar um pouco em direção a uma cabina telefônica de onde falei com meus familiares fornecendo-lhes meu paradeiro, até por uma questão de segurança. Na volta para o Palácio Imperial Hotel, subí para meu quarto e após uma rápida sessão de internete onde respondí aos emails do dia, deitei para dormir um sono profundo e reparador.

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