Panamá a Costa Rica

Acordamos cedo, preparamos as motos e partimos juntos, eu e meus amigos venezuelanos, com destino a Costa Rica. Até chegar na panamericana, enfrentamos um tráfego muito complicado por conta de um desvio para recapiamento de um longo trecho da rodovia. Tocamos num rítmo bem acelerado e por volta das onze horas, chegamos na fronteira com a Costa Rica. Após cumprirmos toda a burocracia do lado Panamenho, tipo trinta cópias xerox de documentos pessoais e das motos, passamos para o lado Costa Riquenho. Tão logo iniciamos os trâmites legais, resolvemos nos separar. O pessoal resolveu parar em San José e eu pretendia tocar direto pelo litoral e só parar para dormir em Liberia. Nos despedimos com a certeza de que haviamos cultivado uma amizade sólida e duradoura e que nos veríamos novamente no Brasil ou na Venezuela. Dalí para a frente, viajaria novamente sozinho sob às bençãos da minha padroeira e protetora. No primeiro posto de gazolina que parei para reabastecer, tive minha primeira surpresa. Fui recebido por um vigia do estabelecimento portando uma escopeta 12, cena que iria se repetir por todo o país. Aliás, na Costa Rica a maioria das pessoas andam armadas e contratam seguranças particulares para proteger suas casas ou seus negócios. Minha primeira impressão é que o Estado perdeu o controle e o povo se protege como pode. Daí para a frente, só parava em lugares super movimentados e não me afastava da moto em  momento algum. No final da tarde, sempre viajando pelo litoral, conseguí chegar em Libéria para dormir. O hotel, a exemplo da grande maioria, tambem tinha seu segurança de escopeta à tiracolo. Minha moto foi colocada na varanda frontal e coberta do hotel. Após acomodar-me no meu quarto, fui comer num restaurante ao lado do hotel e na volta, fiz um apelo ao segurança para que desse uma especial atenção à minha moto em troca de uma boa propina no dia seguinte. Mais tranquilo, subí para responder meu correio eletrônico e depois de programar minha rota do dia seguinte, fui dormr.