segunda-feira, 7 de novembro de 2011

De Costa Rica a Nicaragua

Acordei aliviado em Libéria ao constatar que minha moto estava intacta. Após um café reforçado, dei a propina prometida ao vigia noturno e toquei em direção à fronteira da Nicaragua , aliás, um verdadeiro suplicio para qualquer turista que visite aquele país por via terrestre. Vc é chantageado por um grupo de vigaristas que de forma indireta lhe faz todo tipo de ameaça com relação a sua moto e respectiva bagagem tipo; vc me paga para te ajudar na papelada e meu irmão cuida da tua moto. E isto tudo, sob os olhares complacentes da policia . É uma coisa realmente vergonhosa. As dependências da Aduana não oferecem o mínimo conforto aos visitantes que são tratados como verdadeiros intrusos. Todos os documentos necessários para completar o trâmite aduaneiro, são reproduzidos em dezenas de xerox e para consegui-las vc enfrenta filas intermináveis. Na America Central, para cada aduana vc tem que reservar pelo menos duas horas do seu precioso tempo e assim mesmo entrando no esquema das propinas. Fora disso, reserve pelo menos seis horas para resolver as mesmas coisas e enfrentar uma tremenda má vontade dos que lhes atendem. Eu mesmo, havia levado quatro horas e meia para ser despachado nas duas alfândegas e aliviado minha carteira em pelo menos vinte dólares de extras, sem falar nas taxas oficiais. Encontrei na ocasião dois motociclistas americanos, da Califórnia, que haviam viajado por alguns países andinos e estavam impressionados com toda aquela promiscuidade entre autoridades e bandidos, existente em alguns países da america central. Após conversarmos um pouco sobre motocclismo estradeiro e minha jornada solitária para o Alasca, nos despedimos e toquei em direção a Nicaragua, um dos paises mais pobres daquela região, só perdendo mesmo para Honduras. A minha intenção era tocar o dia inteiro e só parar próximo à fronteira com Honduras. A panamericana estava em bom estado e conseguí um bom rendimento na viagem, apesar do calor abafante e das paradas para combustível e para me refrescar um pouco. No meio da tarde, cheguei em Chinandega e resolví parar no hotel Cosiguina e deixar a travessia de Honduras para o dia seguinte. Como sempre, evitei sair a noite e jantei no próprio hotel. Saciada  a fome, fui para meu quarto cumprir o ritual diário da internete, através da qual me situava para os familiares e comunicava a provável rota do dia seguinte. Após um reparador e refrescante banho frio, apaguei absolutamente fatigado.

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