terça-feira, 29 de novembro de 2011

Prince George 2

Despertei por volta das nove horas e após colocar uma bermuda bem confortável e tomar um super café, apanhei a moto e fui para a oficina providenciar a revisão completa e a troca de pneus. Essas concessionárias representam sempre 5 ou 6 marcas de moto e no final, não entendem muito bem de nenhuma. Tive que acompanhar de perto a troca de óleo , principalmente na hora de escorrer o óleo usado, porque minha moto tem dois bujões, um em cima e outro em baixo, e pouca gente conhece o sistema por aqui. Aliás, motos fabricadas no Brasil não têm a menor assistência na america do norte, nem mecânica e nem de peças de reposição. Quando vierem para cá, façam o que fiz, tragam um razoável estoque de filtros de óleo e de ar, relação, rolamentos, etc... A única coisa fácil de encontrar por aqui é pneu. Como os fabricantes são todos empresas multinacionais, vc encontra qualquer tipo ou modelo e a preços bem mais baratos que os nossos no Brasil. Isto, porque aqui vc não paga o imposto cavalar que estamos acostumados a recolher em nosso país. Passei praticamente o dia todo na oficina e aproveitei para entrar em contato com vários motociclistas canadenses, todos eles sempre viajando em grupos e todos de Harley. Normalmente, eles viajam muito pelo Estados Unidos e interior do Canada. O lugar mais procurado por eles é o Alasca, talvez por sua natureza selvagem. Impressionante, é como eles levavam a sério o fato de eu ter atravessado sozinho toda a america central. Cheguei a conclusão que o motociclista norte americano evita colocar em seu roteiro de viagem essa região das américas. Apesar de concordar com esse clima de violência, achei esse temor meio exagerado. O que acho tambem é que eles não possuem moto ideal para rodar naquelas estradas esburacadas e cheias de curvas muito acentuadas. Aproveitei a oportunidade para apanhar uma série de dicas a respeito da Alasca Highway, inclusive no tocante a carência de postos de gazolina e o excesso de mosquitos que te obrigam a lavar constantemente o visor do capacete. No final da tarde, encerrado o papo com os meus novos amigos  e paga a salgada conta de oficina, principalmente a mão de obra, coloquei teias especiais em volta dos bauletos laterais e voltei para o hotel, onde tomei uma merecida ducha, troquei de roupa e saí para comer alguma coisa. Como gosto muito de comida asiática, voltei a comer no mesmo restaurante do dia anterior. O buffet além de muito variado, oferecia uma comida deliciosa, além de uma sobremesa de banana caramelada muito saborosa. Após o jantar, tomei um chá quente e saí caminhando no entorno do hotel para fazer a digestão e esticar um pouco as pernas. Precisava comunicar aos meus familiares que voltaria para a estrada no dia seguinte e continuaria minha jornada solitária em direção agora a Dawson Creek, localizada numa junção com a 2. Enquanto me comunicava através da internete, a chuva aumentou de intensidade e a temperatura começou a cair um pouco . Resolví então descansar, já que no dia seguinte teria algumas dificuldades com a chuva, vento e frio na estrada . Meia hora depois já havia entregue os pontos e dormia profundamente.

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