segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Manchala a Quevedo

Antes de começar a relatar minha viagem de Machala a Quevedo, no Equador, gostaria de prestar uma homenagem a uma motociclista que sempre foi um exemplo de integridade, lealdade e fraternidade em nosso meio. Foi tambem uma das mais importantes incentivadoras da minha viagem solitária para o Alasca, mesmo quando a maioria das pessoas de pouca fé não acreditavam em meu feito. Quero agradecer publicamente a singela homenagem que ela me prestou em Paraiba do Sul, dias antes de minha saída para o Alasca. Mais do que isso,  retribuo essa homenagem, dedicando-lhe não só o recorde que estabelecí na categoria veterano, indo do Rio ao Alasca, em tres meses e vinte e seis dias, rodando um total de 48.000 Km solitariamente, mas tambem o título de primeiro motociclista sulamericano, na classe veterano, a participar do Evento de Sturgis, em Dakota do Sul, o maior do mundo, pilotando sua própria moto desde sua cidade de origem, via Alasca, com 24.000 milhas rodadas, enquanto o motociclista que mais havia rodado para chegar em Sturgis, marcava 5.500 milhas no velocímetro de sua moto. Motociclistas dos mais diversos paises  e estados americanos, filmavam e fotografavam o velocímetro de minha moto como a comprovar tal desafio. Portanto, minha querida  Cristina, esteja onde estiver, saiba que esse triunfo é seu e que continuarei eternamente grato,  por ter acreditado nesta nossa vitoriosa jornada, da qual vc participou, não como garupa, mas muito bem instalada no meu coração. Que Deus a tenha, minha querida irmã de fé....... Quando partí de Machala e tomei a panamericana, sentí que viajaria todo o dia num clima absolutamente tropical. O Equador é um país acolhedor e vive basicamente da exportação da banana e através do turismo, explorando a beleza  das ilhas Galápagos, um verdadeiro santuário da natureza. A rodovia panamericana no país está numa situação bem razoável e o povo de uma maneira geral é muito hospitaleiro e prestativo. A cada parada para reabastecimento, aproveitava para matar a saudade da água de côco e saborear aquela carne macia típica da fruta verde. Passei ao largo de Cuenca e Guayaquil, duas importantes cidades equatorianas, mas optei em tocar direto para Quevedo, onde tenho alguns amigos e onde pretendia dar uma geral na moto, tipo trocar óleo e filtros, ajustar e lubrificar corrente, além de providenciar um reaperto geral. Cheguei no meu destino um pouco antes do anoitecer e fui direto para o hotel Olimpico, do meu amigo Nicolás Crespo, onde já deixei agendada para o dia seguinte a revisão da moto e uma entrevista com uma tv local, para falar um pouco da nossa jornada. Como estava muito quente, aproveitei para curtir um pouco da piscina, antes do jantar. Após minha alimentação dupla diária, visitei o cassino do hotel por alguns minutos, já que não curto jogo, e logo depois fui para meu quarto descansar.

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