segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Everett a Vancouver - Canada

Despertei no hotel super animado com a perspectiva de alcançar a fronteira do Canada, na altura de Vancouver. Estava convencido de que meu desafio de chegar ao Alasca estava ficando mais próximo de se tornar realidade. Tomei um café super reforçado e saí do hotel um pouco mais ansioso do que o normal. Aproveitei para reabastecer a moto, pois não pretendia efetuar nenhuma nova parada antes de atravessar a divisa canadense. Apanhei duas barras de cereais e uma garrafa grande de mineral com gás e me mandei para a 5, onde cumpriria a última etapa em território americano. O dia estava meio nublado, um pouco frio, mas sem chuva e sem vento muito forte. Fui tocando em direção a Bellingham, última cidade americana que passaria antes de atravessar a fronteira. Antes do meio dia, entrava na aduana canadense, muito organizada, limpa e com um atendimento bem ordenado. Como o visto americano é aceito no Canada, não tive a menor dificuldade em cumprir os trâmites de entrada. Em vinte minutos, estava liberado e já transitando na rodovia 1, em terras canadenses. Um pouco antes de chegar em Vancouver, como já conhecia aquela belíssima cidade, resolví continuar na 1 e tocar para dormir em Hope. Alguns quilômetros adiante, me decidí por tocar pela 97 até 100 mile house. Chegaria um pouco tarde nesse ponto, mas adiantaria muito a viagem. Deixaria tambem para a volta, o trecho de Baniff a Jasper, uma estrada que corta um belíssimo parque nacional e é considerada uma das mais bonitas do mundo. Nesse parque, eles preservam o urso e vc cruza constantemente com esses animais na rodovia. A minha opção parecia mais acertada, porque além de ganhar tempo, iria passar por lugares para mim ainda desconhecidos. Fui tocando e na entrada para Kamloops, aproveitei para reabastecer a moto e esticar as pernas. No Canada o sistema muda um pouco e na maioria dos postos vc paga a gazolina nos escritórios e lojas de conviniência. Após beber um café com creme delicioso, voltei para a 97 e toquei em direção a 100 mile house onde cheguei já anoitecendo e com a temperatura em queda bem acentuada. Fui para um motel chamado Gateway Motor Inn e conseguí um quarto com direito a usar internete grátis e com um pequeno restaurante, onde faria minhas refeições sem precisar sair no frio. O preço dos hoteis canadenses são um pouco mais caros do que os americanos, pelo menos no norte do país. Parei a moto em frente a meu quarto e meia hora depois, já bem mais agazalhado, procurei comer alguma coisa e depois voltei para meu ritual de final de noite, conversando com os amigos via skype. Após a habitual troca de informações, desliguei o Lap Top, enrolei-me naqueles super cobertores e apaguei naquele ambiente aquecido e acolhedor.

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