domingo, 27 de novembro de 2011

Spokane a Everett

Ainda sob o efeito do susto do dia anterior e convencido de que teria que manter meu capacete sempre na cabeça como se estivesse viajando no Brasil, paguei o hotel e toquei para a oficina. De lá, concluída a revisão que pretendia fazer, tocaria direto para a estrada e seguiria em direção a Seattle.Ao chegar na oficina, sentí que teria que orientar o mecânico no decorrer da revisão. Ele não sabia por exemplo que minha moto tinha dois bujões de saída de óleo. Ele entendia mesmo de Harley ou BMW, aliás as duas marcas predominantes na America do Norte. Acabada a revisão e após o susto com o preço da mão de obra local, reorganizei toda a minha bagagem e partí para a estrada. Para vcs terem uma idéia, eles cobram 300 dólares por hora trabalhada nas oficinas. Outra coisa que merece registro é o fato de que concessionário mesmo vc só encontra da linha Harley, no mais, as lojas e oficinas disponíveis, representam todas as outras marcas conhecidas e não atendem bem nenhuma delas. Vc não encontra peças a não ser por encomenda. Minha sorte é que havia levado um estoque de peças que fatalmente iria precisar durante minha jornada. Paguei minha conta e me mandei de volta para a 90 que me levaria até Seattle. De lá até Vancouver, no Canada, teria que mudar para a 5. A moto estava solta e andando muito bem. Apesar de ter perdido boa parte da manhã, pretendia dormir ns proximidades de Seattle, pois entrar em cidade grande é muito complicado. No inicio da tarde parei para reabastecer e encontrei um grupo de motociclistas canadenses que se dirigiam para Las Vegas. Conversamos um pouco sobre o meu projeto e mais uma vez, fui beneficiado com uma série de dicas sobre o norte do Canadá e a Alasca Highway. Após mais um dialogo virtual com a bomba de gazolina, voltei para a freeway e sentei a púa na direção de Seattle, onde deveria chegar no final da tarde. Por volta das cinco horas da tarde, comecei a cruzar a bonita e grandiosa capital de Washington. Após meia hora de tráfego intenso e daquele já conhecido emaranhado de viadutos e cruzamentos muito bem sinalizados, já viajava na 5 em direção a Everett, onde havia decidido dormir. Dalí, tocaria no dia seguinte para a fronteira do Canada. Cheguei finalmente no final da tarde e fui direto para um motel super 8, meu último refúgio em território americano. Após arrumar a bagagem e curtir uma revigorante ducha quente, coloquei uma bermuda e fui comer num Burguer King localizado nas cercanias do hotel. Comí dois hamburgueres e uma salada verde e depois fui andar um pouco antes de voltar para o quarto e iniciar a sessão de internete com os familiares sempre ansiosos por noticias. De minha parte, não podia esconder uma  certa ansiedade com a travessia da  fronteira canadense no dia seguinte. Assistí um pouco de televisão mas a fadiga levou-me para a cama mais rápido do que esperava. Dormí, pensando no que encontraria pela frente no dia seguinte, em terras canadenses.

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