sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Spokane 2 - Washington

Acordei cedo e fui caminhar no entorno do hotel e visitar um horto com plantas bem exóticas da região. A manhã estava muito bonita e o sol já começava a despontar no horizonte. Voltei para o hotel e tomei um café reforçado com tudo que tinha direito. Queria aproveitar aquela manhã cheia de brilho para conhecer melhor Spokane. Coloquei um boné do projeto, óculos escuros e me mandei para a cidade. No primeiro cruzamento, uns tres quilômetros depois do hotel, fui parado por um carro da policia. O policial usou um megafone e mandou que eu permacesse na moto. Alguns minutos depois veio em minha direção e pediu meus documentos. Apresentei minha carteira de motorista e ele perguntou pelo capacete. Respondí que como no país dele não se exigia o capacete, tinha deixado o meu no hotel. Outro carro parou atrás de mim e dele desceu um outro policial que se juntou a nós. Disseram-me então que no Estado de Washington capacete era exigido e que isso representava uma multa cara e até apreensão da moto. Depois de perguntar se eu estava indo mesmo para o Alasca, pediu-me o passaporte e eu respondí que havia deixado o documento solicitado no hotel 6 onde estava hospedado. Nisso, parou o terceiro carro, agora transportando o sherif do condado. Eles confabularam a meu respeito e o sherif se dirigiu a mim e confirmou tudo que eu havia dito aos outros dois. Aleguei que poderia mostrar o passaporte se me acompanhassem ao hotel. Ele então, para minha surpresa, me parabenizou por estar fazendo aquela jornada sozinho e com minha idade e aconselhou-me a não andar mais sem capacete naquele Estado. Liberado e aliviado, me mandei de volta para o hotel e a partir daí não deixei de usar meu capacete em momento ou em lugar algum. Coloquei uma sunga e passei o dia inteiro na piscina, nadando e apanhando sol. Estava ressabiado com o episódio da manhã e queria relaxar daquele susto. Por volta das cinco horas da tarde, voltei para o quarto e após fazer a barba, tomei uma tranquilizante ducha de água fria. Em seguida, de bermuda e camiseta do projeto, fui para o restaurante mexicano anexo e tomei um cuba libre enquanto conversava com o proprietário sobre minha jornada solitária e segundo ele muito arriscada. Sugeriu então para meu jantar um creme de milho e um bife de búfalo que lembrava nosso filé a cavalo, pois era servido com dois ovos  e batatas fritas. Após comer uma salada de frutas com sorvete e tomar um cafezinho colombiano, voltei para o hotel e entrei na internete para conversar com o pessoal que me acompanhava no dia a dia. Contei o episódio dos policiais e fui gozado por todos. Meia hora depois, com os assuntos do dia seguinte conversados e programados, desliguei o meu lap top e fui curtir uma boa cama e um eficiente e silencioso ar condicionado.

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