sábado, 12 de novembro de 2011

Poza Rica a Tampico - mexico

Ao sair de Poza Rica em direção a Tampico sabia que teria um longo dia de viagem pela frente. De repente veio em minha mente lembranças de minha época de garoto quando assistia aqueles filmes de faroeste americano e Tampico fazia parte daqueles roteiros de fuga ou de lutas entre bandoleiros americanos e mexicanos. Hoje, Tampico é uma cidade bem grande, moderna e muito movimentada, a exemplo de todas as outras cidades que margeiam o golfo do mexico e estão próximas da fronteira dos Estados Unidos. Como estava na reserva, procurei o primeiro Pemex para reabastecer a moto. Havia logo na entrada do posto, uma camionete vendendo salada de frutas, um costume aliás bem tradicional no país. O povo mexicano é um grande consumidor de frutas, e tanto nos hotéis, como nos restaurantes, eles costumam manter essa tradição bem viva. Em alguns hotéis, eles costumam receber os hóspedes oferecendo-lhes um cesto de frutas que vc encontra tão logo entra no quarto. Enquanto o frentista me atendia eu saboreava aquela salada bem geladinha e refrescante. Após usar o cartão para pagar o combustível, caí na estrada novamente e comecei a acelerar um pouco mais forte. De vez em quando, em lugares desertos e sem nenhuma edificação à vista, surgia inesperadamente à minha frente, um quebra molas que na maioria das vezes, sem tempo para frear, acelerava a moto e ultrapassava aquele obstáculo na base da velocidade. Essa é a vantagem da moto trail, com sua estrutura forte e alta. Enquanto prosseguia em direção à Tampico, o que me chamava atenção era  o fato de não encontrar o povo usando os tradicionais e coloridos sombreros, tão comuns em outros estados, localizados mais para o centro do país. Ao se aproximar de Tampico, vc já sente a pujança da cidade , através da quantidade de veículos, principalmente de carga, que circulam no entorno da cidade. Como uma estratégia própria de viagem, comecei a procurar um hotel fora da cidade e de preferência localizado próximo à rodovia de acesso. Conseguí achar o hotel Monte Carlo, que atendia a todas aquelas exigências de segurança que pautavam minha viagem desde o inicio. O hotel além de confortável, tinha um restaurante próprio e serviço de internete, tudo que eu precisava no momento. Após ser confortávelmente alojado e usar a internete para passar algumas coordenadas, fui para o restaurante saciar minha fome acumulada durante todo o dia. Depois de rodar uma média de oitocentos quilômetros diariamente, parando apenas para abastecer a moto, quando vc chega num hotel, só pensa em comer bem e descansar o suficiente para suportar uma nova jornada no dia seguinte.

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