quinta-feira, 17 de novembro de 2011

El Paso a Albuquerque - Novo México

O Super 8 oferecia café da manhã completo, incluído na diária e aproveitei para sair com o estômago  forrado e conomizar esse dinheiro que poderia gastar no primeiro reabastecimento do dia. Saí do hotel e voltei para a Freeway em direção a El Paso, fronteira com Ciudad Juarez, uma das cidades mais violentas do Mexico, onde se trava há anos uma luta violenta entre os cartéis de drogas e de tráfico humano. Nessa região existe uma forte influência espanhola e onde vc chega, encontra sempre algum imigrante mexicano para te atender. Aliás, no Texas e principalmente no Novo Mexico, vc sempre encontra alguém que fale o idioma espanhol. Fui tocando minha viagem e no meio do dia, entrei na cidade de El Paso e atravessei aquele emaranhado de viadutos todos muito bem sinalizados e seguí em direção a Las Cruces, já rodando pela rodovia 25, na qual passaria a maior parte de minha viagem em território americano. O incrivel é que vc muda de um Estado para outro e só muda o visual, porque a qualidade das estradas continuam excelentes, seguras, bem sinalizadas e acima de tudo, muito bem policiadas. Minha jornada continuava firme e sem nenhum daqueles problemas que azucrinam os estradeiros brasileiros, tipo quebra molas exagerados, buraqueira infernal, pedágios com preços exorbitantes e absoluta insegurança. Um pouco depois de atravessar El Paso, apanhei uma daquelas saídas providenciais e procurei um posto para reabastecimento. Aproveitei para apanhar algumas barras de cereais, já que meu estoque de castanhas de cajú que havia trazido do Brasil já tinha sído todo consumido. Voltei para a 25, conferí a direção do GPS e mantive a mesma velocidade de cruzeiro. O tempo continuava nublado, com ventos fortes, porém sem chuva. O frio é que continuava sempre aumentando na mesma proporção em que eu avançava em direção ao Canada. Pelos meus cálculos, no dia seguinte deveria chegar em Albuquerque e apanhar o cruzamento da 40 e seguir em direção à 66 , pelo menos até flagstaff. Havia resolvido que não subiria por San Francisco, por já conhecer essa rota via Nevada. Faria dessa vez um caminho totalmente diferente, para mim. No final da tarde já me aproximava de Las Cruces, onde pretendia parar e dessa vez, optei pelo motel 6, já que oferecia café continental e serviço de internete gratis. Alguns hoteis e moteis americanos, cobram uma taxa para uso da internete que varia de 4 a 6 dólares por dia e só liberam a senha de uso após o pagamento antecipado. Aproveitei para reabastecer a moto antes de ingressar no motel e comprar algumas frutas para consumi-las no quarto. Após fazer o check in, dirigí a moto para o estacionamento frontal ao quarto e aproveitei para rearrumar tudo que estava amarrado nas teias, tipo cantil, óleo de corrente, etc. Saquei o bauleto lateral com as roupas do dia a dia e fui para o quarto usar a internete antes de sair para comer. Respondí aos emails dos amigos que acompanhavam minha viagem no dia a dia e passei minhas coordenadas para a familia. Troquei de roupa e fui comer num Mcdonald. Escolhí um combo que incluía um BigMac, salada com molho italiano, batata frita, sunday e coca cola livre, ou seja, vc enche seu copo quantas vezes quiser. Após o lanche, voltei caminhando para o motel. Antes de dormir, separei algumas peças de roupas mais quentes para suportar a queda de temperatura que iria enfrentar no dia seguinte.

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