segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Santa Fé - Novo Mexico a Colorado Springs - Colorado

Hoje iria enfrentar um daqueles dias bem ventosos e que de certa forma atrazam muito o bom rendimento da viagem. O tempo estava meio nublado e indicava chuva durante o trajeto. Vestí minha roupa de frio e preparei meu espirito para uma jornada bem complicada que faria entre Santa Fé e Colorado Springs. Como o motel não servia café, fui até um Dennis e calmamente curtí um café completo. Minutos depois, saí para a 25 devidamente agasalhado e muito bem alimentado. A estrada como sempre muito movimentada mas com um tráfego muito bem ordenado. Havia muitas motos na estrada e curiosamente, pilotadas por motociclistas sem capacete, fazendo uso apenas de bandanas e óculos escuros. São raríssimos os estados americanos que exigem o uso de capacetes como acontece no Brasil. Na altura de Springer, procurei uma saída para reabastecer a moto e promover uma ligeira pausa para aliviar-me do vento que se tornava mais forte a cada hora. Como sempre, abastecí a moto e apanhei um espresso bem quente e um pacote de amanteigados na drugs, que serviriam para aquecer-me na estrada. Cumprimentei tres motociclistas que estavam abastecendo e retornei à 25. Esperava só parar novamente em Walsemburg. Portanto, fui tocando no rítmo daquele vento cansativo mas ao mesmo tempo estimulante, até chegar em Raton, na divisa com o Colorado. Após a travessia, poucos quilômetros adiante e já cruzava a simpática e pacata cidade de Trinidad no belíssimo Estado do Colorado, com suas montanhas, desfiladeiros e parques nacionais. A chuva havia diminuido mas o vento aumentava gradativamente. Apesar das luvas térmicas que usava por baixo das tradicionais de couro crú forrado com pêlo de ovelha, minhas maõs continuavam geladas. A sensação térmica é muito bem avaliada quando viajamos de moto no frio. Na altura de Pueblo procurei nova saída e me abriguei um pouco enquanto reabastecia a moto. Estava decidido a andar um pouco menos naquele dia e faria uma parada estratégica em algumas horas para aliviar-me daquele frio cada vez mais constante e forte. Com o reabastecimento concluído e com a moto oscilante ao sabor do vento, retornei para a freeway e seguí minha jornada. Naquele mau tempo, ficava imaginando o que enfrentaria no norte do Canada e no Alasca. Fui tocando aos trancos e barrancos e algumas horas depois me aproximei de Colorado Springs. Ao procurar um lugar para um repouso forçado pelo tempo que piorava constantemente, optei por um motel da cadeia super 8, que oferecia café continental e internete gratis. Me dirigí para a recepção e minutos depois já estacionava a moto próximo à janela do meu quarto, no andar térreo, já que esse motel era um prédio de dois andares e fechado. Nas extremidades e no meio do estacionamento vc tinha portas que davam acesso ao corredor central e aos quartos. Retirei um bauleto lateral e fui para meu quarto. Após tomar uma ducha bem quente, saí pelo corredor e utilizei uma máquina de sanduiches e refrigerantes para saciar minha fome. Não me animava a sair em busca de um restaurante naquele vento desagradável. Voltei para o quarto e enquanto saboreava uma barra de cereais, respondí aos emails acumulados durante o dia. Encerrada minha hora virtual, voltei para a cama e embaixo daquelas cobertas bem quentes e com o aquecedor ligado, caí num sono profundo e reparador.

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