sexta-feira, 4 de novembro de 2011

primeiro dia em Cartagena - Colombia

No dia seguinte, após um café reforçado, saí caminhando pela orla em direção ao clube náutico de Cartagena, na esperança de deixar acertada minha travessia para o Panamá com um americano, proprietário de um veleiro, que realiza esse tipo de excursão, via arquipélago de San Blas, levando uma média de oito turistas e que teria uma vaga para mim e minha moto no barco. Ele sairia dentro de quatro dias e levaria mais uma semana no mar, o que daria um total de dez dias de viagem até o destino final, o porto de Colón, no Panamá, de onde eu partiria na minha moto para cruzar a América Central. Ao chegar no clube nautico, encontrei o americano capitão do veleiro e seu imediato, um Belga que estava vivendo em Cartagena há aproximadamente um ano, tentando juntar algum dinheiro para voltar para a Europa. Após uma longa conversa, acertamos minha participação na excurção e as condições de pagamento. Saímos em seguida para tomar uma cerveja e relacionar os documentos que  eriam necessários para nosso embarque, quando chegaram cinco motociclistas venezuelanos, pilotando cinco motos BMW, à procura do John, o capitão do barco em que eu deveria embarcar dali a quatro dias com destino ao Panamá. Conversaram durante pelo menos uma hora, e aí chamaram-me para participar daquele demorado papo. Fiquei sabendo então que eles haviam proposto o arrendamento do
barco para uma viagem direta a Colón, levando apenas nós, motociclistas, sem paradas no arquipélago de San Blás, seguindo diretamente para o Panamá, onde chegaríamos em quatro dias e quatro noites. O custo da viagem seria dividido por nós e pagaríamos 850 dólares por motociclista e respectiva moto. Após me consultarem a respeito e eu concordar de pronto com a proposta, acertamos que sairíamos no dia seguinte às oito da noite, tempo suficiente para embarcar as motos e tratar dos papéis oficiais. A partir dalí, começamos a embarcar as motos que seriam levadas para o veleiro numa pequena canoa com motor de popa, acompanhadas por tres funcionários do clube nautico. A minha , foi a primeira a ser embarcada, fazendo o papel de cobaia. Ao chegar no veleiro, ancorado ao largo, cada moto era içada por um pequeno guindaste utilizado para descer o barco salva vidas , que por sinal não existia. A minha reza foi muito forte e meia hora depois assistí minha moto ser colocada em segurança no convés. Após acomodarmos todas as outras motos, fomos para nossos respectivos hoteis e marcamos um encontro na manhã seguinte para tratarmos da papelada oficial de embarque. Eu estava feliz por ter reduzido minhas despesas de hotel e quantidade de dias no mar do Caribe,  muito dado a
 tempestades súbitas. Voltei para o hotel e após sair para jantar num restaurante típico ao som de
cúmbia e salsa , retornei para o hotel e avisei das razões de minha saída antecipada. Após uma merecida contemplação da orla de Cartagena à noite, vista da varanda do meu quarto, fui reunir a documentação da moto que deveria apresentar na aduana e depois fui curtir uma boa cama.










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