terça-feira, 1 de novembro de 2011

Tulcán no Equador a Popayán, na Colombia

Como sempre muito cedo, desci para tomar meu café o mais reforçado possivel, porque sabia do dia duro que teria que enfrentar. Por volta das 6:30, deixei o parqueamento do hotel e seguí para Ipiáles, primeira cidade colombiana que faz fronteira com o Equador. A saída do país é sempre mais fácil e o trâmite muito mais rápido, até porque vc só entrega toda aquela papelada recebida na entrada. Uns trinta minutos após minha chegada na aduana, já havia atravessado para o lado colombiano onde fui atendido por uma agente muito simpática cujo sonho era conhecer o carnaval do Rio de Janeiro. Tive um atendimento rápido e muito cortêz, principalmente quando descobriram que eu estava indo sozinho para o Alasca. Após um monte de recomendações sobre minha segurança dalí para a frente, me desejaram boa viagem e me liberaram. Tão logo cheguei em Ipiáles, primeira cidade colombiana, tive contato com uma barreira do exército, a primeira de uma centena que eu cruzaria dalí para frente. Fui muito bem recebido pelo chefe do batalhão que até uma foto pediu para tirar ao meu lado. Após um papo cordial, aconselhou-me a só parar em Pasto, cidade movimentada há uns 150 km dalí, onde encontraria tudo que precisasse para mim e para a moto. Agradecí ao militar e toquei debaixo de chuva até o próximo posto localizado nos arredores de Pasto. Reabastecí a moto e aproveitei para tomar o meu primeiro café colombiano, por sinal uma delicia. Esse posto tinha uma característica interessante, todas as frentistas eram mulheres. Tudo providenciado e após ter ganho uma flanela de cortezia, toquei em direção a cidade de Popayán. Não queria tocar direto para Cali e chegar à noite naquela cidade muito famosa por abrigar os mais perigosos traficantes do País. As estradas da Colombia estão muito maltratadas e em alguns trechos andinos, o tráfego fica muito dificil pela quantidade de caminhões que trafegam em velocidade muito baixa nas subidas. A cada 30 Km, mais ou menos, vc cruza com postos do exército com soldados hiper armados. A chuva continuava constante e fina, o que atrapalhava mais ainda o rendimento da viagem e me obrigava a sair costurando naquele bruto congestionamento de carretas e ônibus. Horas depois, dei outra parada para encher o tanque, tomar um cafezinho e me preparar para o último trecho da viagem. Realmente, após cruzar com mais umas oito barreiras e alguns comboios militares, cheguei em Popayán. A cidade era muito movimentada e nos primeiros hoteis que parei não encontrei vagas. Parei então num posto e após perguntar por um hotel com garagem, um cidadão que abastecia o carro falou-me que o irmão tinha um hotel e que ele me levaria para lá. Apesar da desconfiança, seguí o colombiano e cheguei num hotel chamado Terraza Club Hotel, onde fui muito bem recebido e após guardar a moto numa garagem coberta e fechada, subí para meu quarto e aproveitei para usar a internete e dizer por onde andava e para onde ia no dia seguinte. Após um demorado banho quente e um jantar reforçado no próprio hotel, descobrí a fórmula mágica para deitar e dormir profundamente, esquecendo inclusive a TV ligada.

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