domingo, 1 de janeiro de 2012

Salta 02

No dia seguinte, logo cedo, recebí a visita de uma TV de Buenos Ayres que convidou-me para um especial, incluindo na reportagem meus parentes de Salta. Para quem não sabe, tenho um filho casado com uma Saltenha e uma neta que vivem naquela bela cidade localizada no noroeste da Argentina, aos pés das Cordilheiras dos Andes, fazendo divisa com o deserto do Atacama. Conversamos muito sobre o motociclismo do Brasil, principalmente sobre seu vanguardismo no continente americano. Após um papo longo e agradável, fornecí algumas fotos interessantes da minha viagem para serem publicadas na apresentação da entrevista e me despedí do pessoal com a promessa de que iria visitá-los quando de uma próxima passagem pela capital Argentina. Na parte da tarde, fui levado para visitar em sua casa, um motociclista veterano Saltenho que mostrou-me através de fotos, uma parte de sua longa trajetória no motociclismo estradeiro argentino. Com a experiência de seus oitenta anos, com sessenta dedicados ao motociclismo estradeiro, me propiciou momentos muito agradáveis, além de ensinamentos valiosos sobre estrada e viagens realizadas até então. O verdadeiro motociclista estradeiro sabe como é fascinante ousar contra as intempéries e sentir na pele o sinal de perigo em cada obstáculo que supera numa jornada em duas rodas. E principalmente eu, que pratico essa categoria de motociclismo há cinquenta e cinco anos. Naquela noite, ofereceram-me um churrasco à moda argentina, em familia, onde pude saborear uma carne especial e um vinho da terra, já que Salta é uma das maiores produtoras de vinho da argentina.

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