quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Moquegua a Nazca

Após um simpático café com a familia brasileira de Itaperuna, seguimos praticamente juntos para a panamericana e tomamos a direção para Lima. Algumas horas depois, viajando no deserto e no meio do nada, chegamos a um viaduto que divide a estrada entre quem vai em direção ao litoral e quem sobe em direção à Arequipa, Puno e Cuzco. Alí, nossos amigos tomaram o rumo das cordilheiras e eu seguí em direção ao litoral para conhecer as famosas linhas de Nazca, hieroglifos gravados nas montanhas da região, muito visitadas por turistas, pesquizadores, professores e estudantes. Alguns sobem essas montanhas caminhando com guias fornecidos por empresas turisticas credenciadas, outros com menos tempo disponível, visitam as misteriosas inscrições através de voos fretados por companhias especializadas. É muito comun viajarmos, ouvindo o ruído do motor de pequenos aviões sobrevoando aqueles morros a uma altura relativa baixa para que os visitantes possam registrar tais figuras que se destacam pelo seu exotismo e beleza. Neste dia, apesar da temperatura elevadíssima, o vento do  litoral nos castigava sem dó nem piedade, numa velocidade de uns 70 Km por hora. E esses ventos sempre nos alcançam na direção do mar para as cordilheiras, nos forçando literalmente para fora da rodovia. Nessa região, vc cruza com vários povoados e balneários isolados, pobres e com pequenas casas de madeira que vc não consegue entender como elas conseguem resistir àquela constante ventania. As estações de serviço são raras e a maioria delas não aceita cartões de crédito e muito menos cheques. O combustível tem que ser pago em efetivo, soles, moeda oficial peruana. O mar é gelado e a areia da praia é a própria do deserto que desce da cordilheira e penetra na água. Nas encostas, muito bonitas por sinal, as pedras escuras contrastam com o mar transparente e normalmente revolto. As estradas pela orla, cheias de despenhadeiros e curvas traiçoeiras te proporcionam um visual incrível. Quanto a Nazca, com seu trânsito confuso como a maioria das cidades do interior peruano, te oferece um ótima estrutura turítica, com hoteis e pousadas para todos os gostos e preços. A maioria dos hoteis têm restaurantes e o que predomina é o pescado. A maioria dos hoteis e empresas de turismo que oferecem excursões pelas montanhas, aceitam cartão de crédito internacional. Após um dia movimentado e com forte dose de adrenalina, saboriei um pescado delicioso, me rendí a um merecido repouso.

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