domingo, 30 de outubro de 2011

Mancora - Peru a Machala no Equador

Após um merecido repouso e um café colonial maravilhoso, voltei para a panamericana e como sempre, parei no primeiro posto para abastecer a moto e garantir algumas barras de cereais para consumir durante o dia. Pretendia manter um rítmo forte para alcançar Tumbes, última cidade peruana antes da fronteira com o Equador, ainda claro. Não gosto de atravessar Aduanas durante a noite. Tão logo acabei de lubrificar a corrente da moto, voltei para a estrada e toquei em direção a Tumbes. Foi um dia como tantos outros, enfrentando muito vento, tempestades de areia e apreciando de longe a formação de tornados nos sopés das montanhas. O que mais gosto de fazer quando estou no deserto, literalmente no meio do nada, é conversar comigo mesmo, é usufruir aquele momento único de total integração com a poderosa natureza. E assim, atravessei Talara com seu tráfego frenético, onde aproveitei para reabastecer a moto e meu estoque de água mineral. E para falar em água, a salinidade nesta região é tão grande, que quando tomamos uma ducha, sentimos a falta da espuma farta do sabonete na própria pele. Continuei tocando em direção a Tumbes, onde cheguei no meio da tarde e debaixo de um forte calor, apesar do vento. Na fronteira, após os trâmites demorados e cansativos por força de uma interminável burocracia, fiquei liberado e atravessei para o território equatoriano, onde iniciamos nova maratona de formalidades aduaneiras. Após dezenas de carimbos, xerox, taxas oficiais para mim e para a moto, pude finalmente entrar no Equador e tocar em direção a Machala, onde pararia para dormir. O que impressiona no Equador, é a quantidade de plantios de banana. Vc viaja horas cercado de bananeiras, cultivadas nos dois lados da panamericana. O grande peso da economia equatoriana, aliás, está exatamente na exportação de bananas para o mundo inteiro. No Equador, voltei a curtir tambem uma deliciosa água de coco gelada. No final da tarde, já escurecendo, cheguei na cidade de Machala e parei para dormir num hotel bem no centro da cidade. Estava tão cansado que mal conseguí descer para comer alguma coisa. Após um cafezinho, subí para descansar e poder enfrentar a maratona do dia seguinte.

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